30 outubro 2012

YTéC – O Reino das Caveiras de Cristal




Há mais mistérios entre o céu e a terra do que julga nossa vã filosofia. 

Por que, jovem mancebo, comecei com esse clichê da nossa amada língua portuguesa? Porque quero enfatizar que nosso planetinha é, tal qual o futebol e a vida, uma caixinha de surpresa. Não faz muito tempo, li um livro documentário chamado “Eram os Deuses Astronautas?”. O texto fazia a ligação verídica entre os deuses cultuados entre nossos ancestrais a visitantes vindos das profundezas do mais obscuro espaço sideral. Uma das provas mais incontestáveis dessa relação antigos-aliens foram imortalizadas no novo deck yugiohzístico, o Chronomaly. Não há espaço para dissertarmos sobre todos os elementos do deck, então vamos nos concentrar naquele que até o Indiana Jones acharia a mais emblemática: Chronomaly Crystal Skull

[Miserável!] 

Sim, amiguinhos de aventuras, as caveiras de cristal realmente existem! Ok, não são exatamente de cristal, mas como o quartzo é conhecido como “cristal de rocha”, então, né? No final dos anos 1890 apareceram no México duas caveiras de quartzo transparente. Tratava-se de duas peças únicas no seu gênero, supostamente descobertas por mercenários que obtiveram as caveiras de camponeses locais, que por sua vez, roubaram de tumbas da região. Já havia relatos do aparecimento de pequenas caveiras de cristal, mas essas duas eram de tamanho um pouco menor que o crânio de um humanoide adulto. Essas duas peças são conhecidas atualmente como a “Caveira de Cristal Britânica” e a “Caveira de Paris”, exposta atualmente no Museu Britânico e no Museu Trocadero, respectivamente. 

[Olhaí, o Chronomaly Crystal Skull de verdade. Ninguém tá brincando em serviço.]

Muitos crânios de cristal são reivindicadas como sendo pré-colombianos, geralmente atribuídos aos astecas ou maias. A arte mesoamericana (palavra do dia) tem numerosas representações de crânios, mas nenhuma dessas coleções de museus vem de escavações documentadas. Motivo pela qual a originalidade das peças ser abertamente contestada. O que também é abertamente discutida é a origem extraterrena dos artefatos. Muitos malucos estudiosos teóricos da conspiração acreditam que são crânios reais, de visitantes espaciais. 

Talvez o crânio de cristal mais famoso tenha sido o descoberto em 1924 por Anna Mitchell-Hedges, filha adotiva do aventureiro Frederick Albert Mitchell-Hedges. Não por acaso, vejam só, a caveira é conhecida como o Crânio de Mitchell-Hedges. Anna alegou ter encontrado o artefato em um altar do templo de Lubaantun, que fica em Belize. Tanto quanto pode ser determinado, Fred não fez nenhuma menção à alegada descoberta em qualquer um dos seus escritos sobre Lubaantun, assim não há registros ou testemunhas tanto a descoberta do crânio, como a presença de Anna, na época com 17 anos, na escavação. Ou seja, pode ser tudo uma imensa pegadinha do Malandro ou uma das maiores descoberta arqueológicas do século passado. Tome você também seu partido. Eu sou Time Mitchell-Hedges. 

[Crânio de Mitchell-Hedges, uma bela de uma cabeça]

O Crânio de Mitchell-Hedegs é feito de uma chaprosca de quartzo transparente, com o tamanho de um crânio humanoide pequeno, medindo cerca de 13x18x5 cm. A mandíbula inferior é desanexada.  No início de 1970, ficou sob os cuidados temporários do restaurador de arte Frank Dorland, que ao inspecioná-la reivindicou que tinha sido "esculpida" sem respeito aos eixos naturais do cristal, portanto sem o uso de ferramentas de metal.  Dorland relatou ter sido incapaz de encontrar qualquer marca na peça, e especulou que ela foi esculpida de forma rudimentar, provavelmente com diamantes, e as mais finas formações, afiação e polimento foram conseguidas através do uso de areia ao longo de um período de 150 a 300 anos. Ele alegou que o crânio poderia ter até 12.000 anos de idade. O Crânio de Mitchell-Hedges foi estudado até pela galera da HP, mas os resultados foram tão misteriosos quando ao de Dorland. 

Anna Mitchell-Hedges viveu toda sua vida na aba do crânio misterioso, sempre procurada para dar entrevistas. Assim como bandas de uma música só e ex-BBBs. Logo, tal qual integrantes de bandas de uma música só e ex-BBBs, começou a falar merdas.  Ela dizia que o crânio que ela supostamente descobrira poderia produzir visões, curar do câncer, trazer a pessoa amada em três dias e conseguir um Camaro amarelo. Uma vez, vejam só, ela disse que usou suas propriedades mágicas para matar um homem e, em outra instância, viu nele uma premonição do assassinato de John F. Kennedy. Um claro estratagema para colocar em xeque o poder místico do artefato. Em resumo, confessou um crime, omitiu informações sobre outro e não foi presa. Pode isso, Arnaldo?   

[Não se enganem com essa carinha gentil, ela é uma assassina fria e sem escrúpulos]

A despeito da saúde mental da Anninha, o consenso geral de quem investigou o mistério, é que possivelmente uma ou várias Civilizações Antigas, dotadas de grande sabedoria e avançados conhecimentos cósmicos - se não forem de origem Extraterrestre, claro - introduziram as caveiras de cristal com a intenção de nos proporcionar uma poderosa ferramenta. Tal instrumento seria capaz de ajudar a humanidade a aumentar seu nível de consciência. Muito se tem a falar sobre estes enigmáticos crânios, pois as conclusões não são ainda definitivas. Tudo o que se pode dizer é que muitas Culturas Indígenas - Incas, Índios Norte-Americanos, Maias, Astecas, Aborígenes Africanos, etc - conheciam sua existência. 

That’s all, folks.