Sou uma pessoa que gosta de ler sobre mitologia, lendas e mitos. E um dos mitos mais legais de toda a literatura é o do Robin Hood. Independente da discussão sobre a veracidade da existência do arqueiro.
A principal habilidade do ladrão lendário é sua perícia com um arco e uma flecha. Ele seria capaz de acertar uma flecha em qualquer lugar em seu raio de ação. A coisa mais linda é a lógica inabalável desse ato: ele mira em um alvo, e se a flecha acerta o alvo, obtém sucesso. Isso quer dizer que o Robin Hood dos tempos modernos usaria um rifle estilo O Procurado.
Mas o que se define como alvo?
Segundo um dos nossos amigos Dicionários, “alvo” significa:
Objeto, geralmente em fôrma de disco, de madeira ou papelão, que serve de objetivo em competições, treino ou instrução de tiro. Qualquer ponto que se procura acertar com tiro.
Fig. Objetivo a que se dirige algum intento; fim, meta: ter a celebridade como alvo.
Fig. Objetivo, motivo, assunto: ser alvo de críticas.
Lit. Primeiro nome do bruxo Dumbledore, personagem da série de livros infanto-juvenil Harry Potter.
Como assim o Trishula não faz alvo? |
Mas o que é fácil na teoria, na prática pode ser tornar uma hidra mitológica de interpretações. E a Konami não ajuda nem um pouco em relação a isso. Um exemplo é o efeito do Trishula, Dragon of the Ice Barrier, tão bem explicado pelo Sakekage há uns posts atrás.
Nas regras da carta afirma que o efeito do monstro azul não faz alvo. Quer dizer, você aponta uma carta, entre milhares (?!) de alternativas, e utiliza o efeito de remover. E ISSO NÃO É FAZER ALVO?!
Vamos lembrar o que o infalível dicionário disse: Objetivo a que se dirige algum intento. O objetivo é a carta, e meu intento é remover a carta do jogo. E mesmo assim, a Konami dobra a realidade e diz que isso não é fazer alvo?! COMO ASSIM?!
Quer dizer que o quando o Robin Hood acerta uma flecha no chapéu de um inimigo (só porque ele pode e estava entediado), ele não está fazendo alvo?
Outra situação em que o significado das palavras sem rendem ao poder autoritário da Konami é em relação ao nosso outro querido amigo Ally of The Justice – Catastor. O efeito do Catastor também foi discutido pelo Sakekage, logo vamos direto ao que interessa.
Para usar o efeito ele tem que escolher um monstro para atacar e a partir daí utilizar o efeito nesse monstro. Isso pela etimologia da situação se caracteriza pela tomada de um alvo a qual seria aplicado o efeito.
Mas a Konami liga para essas bobagens de análise semântica da situação? É CLARO QUE NÃO! Essa corporação brinca mais uma vez de Deus e distorce tudo a sua vontade, fazendo que o efeito do Catastor não faça alvo.
Na carta diz que se esse monstro batalhar com um tipo não dark, usa o efeito. Se o oponente usar um efeito que mude a carta que será atacada, ele estará apenas mudando o alvo do efeito. É como se o Robin Hood atirasse uma flecha de metal e no meio do caminho fosse atraída por um imã gigante preso na armadura de um cavaleiro. O alvo muda no meio do caminho, mas o novo objetivo continua sendo um alvo para o efeito da flecha, que é atravessar o corpo do inimigo.
Se não vai utilizar a palavra com o sentido exato dela, muda para uma que faça sentido. É uma solução estupidamente simples chega a ser ridícula.
O que mais me deixa triste nisso tudo é que, mesmo com essas gritantes discrepâncias entre o que é e o que deveria ser, ainda tem gente que defende com unhas e dentes essas regras absurdas! Tomam como verdade a manipulação da realidade exercida pela Konami.
Não tenho dúvida que essas pessoas seriam aquelas que escolheriam a Matrix à realidade. E tal qual o mito da caverna de Platão, lutariam para continuarem acorrentados, tendo só sombras como sua realidade.
Está na hora de tomar a pílula vermelha, meu povo!
That’s all, folks!
Ps.: Não sabem o que é o mito da caverna de Platão? Então, deixo aqui duas palavras: GoogBUSQUEM CONHECIMENTO.
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